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Todos os dias acontecem novos fatos que apimentam a vida de quem vive exclusivamente para cuidar dos condomínios. Sídicos que moram no local, subsíndicos e zeladores fiscalizam a vida de moradores (proprietários ou locatários), bem como seus hábitos, sua rotina, seus relacionamentos e compartilham com a administradora. 
Como Administradora, ainda me surpreendo quando me deparo com esse tipo de atitude. Muitos síndicos lutam para estar em suas posições pela isenção do pagamento condominial e o recebimento de salário, muitas vezes pífio para o exercício da função. 
Existem tantas formas de administrar de madeira idônea, imparcial e sem gerar constrangimentos aos que residem no local. Esse tipo de comportamento condenável predomina em condomínios de torre unica com poucas unidades e sem terceirização de funcionários. 
Condomínios novos com mais de uma torre, obrigatoriamente possui serviços terceirizados que envolvem zeladoria, manutenção e o principal o síndico profissional. 
Claro que existem aqueles que ainda não se acostumaram com a idéia de não poder pegar o interfone fora de hora e ligar para reclamar com o síndico, mas essa profissão vem sendo cada vez mais requisitada entre os condomínios que buscam minimizar custos e problemas e maximizar eficiência e segurança. 
O síndico profissional não atende fora do horário comercial, realiza atendimentos preferencialmente por email e alguns por whatsapp, atende moradores com horário agendado, visita o condomínio de 2 á 3 vezes por semana, analisa custos e não têm o poder de decidir nada sem os votos do conselho, não beneficia moradores com melhor relacionamento interpessoal, parentes ou familiares, não tomam partido em brigas  ou desentendimentos e ponderam questões que envolvem multas condominiais baseados em lei e não em achismo ou empatia por este ou aquele. 
Profissão envolve profissionalismo e não a falta do que fazer de uns e outros que dedicam suas vidas para cuidar da vida alheia e ainda compartilham suas opiniões para a administradora que comunica á atendente da imobiliária que comunica ao proprietário que entra em contato com o vizinho e com o síndico, que culpa o zelador pela fofoca que já foi aumentada consideravelmente que compartilha com os funcionários que comentam com outros moradores em conversas cotidianas no elevador e que espalham nos grupos de whatsapp. 
Parece ruim? Não é só uma crítica, é só a realidade que vivenciamos diariamente em várias imobiliárias e administradoras que vemos por aqui e talvez por aí. Essa história toda não é privilégio de cidades pequenas como São Caetano e Santo André mas também podem ser encontradas em grandes cidades como São Paulo. 
 

ética

Fonte: Fernanda Lépore